Atualmente andei bem ocupado com impressão de currículo(ou curriculum), atendendo telefonemas de entrevista de emprego e tudo mais. Achava que não ia dar tempo para o blog, no fim das contas, o blog acabou na moeda "jackpot", tendo seu tempinho em um espaço de não ocupação.
Como eu naturalmente não deixo minha mente em ócio, eu tinha que forjar uma reflexão sobre essa experiência (que na realidade parece mais um dejavü) de correr atrás de uma vaga em um emprego do qual não engula meus finais de semana e que tenha uma carga horária e em um período interessantes para minha condição de agregado na casa dos avós(até eu terminar meus estudos, não ligo se for um salário mínimo).
Notei que seu currículo teoricamente seria uma venda de uma imagem perfeita da qual o ser humano não tem verdadeiramente, currículo pessoal é o mais puro marketing no mercado de trabalho. Ou seja, no fundo, sim, todos nós sabemos algo sobre isso, sabemos como 'vender nosso peixe' ou, se não sabemos, tentamos.
O cômico disso tudo são as estratégias de se conseguir uma aprovação. Honestidade não faz parte do jogo. É quase como manipular a pessoa a entrevistar-te. Pior: isso não se limita a uma estratégia meramente aplicada no mercado de trabalho. O ser humano sempre está vendendo sua imagem, omitindo sobre sua existência. E quem não se adapta a isso é mal visto. As pessoas estranham, se desconfortam, falam mal...E repentinamente, admiram. Ser quem somos realmente e puramente não é aceito socialmente. Engraçado não?
Se pararmos para pesar na balança, vale a pena viver uma vida onde não somos quem realmente somos por pessoas que não são elas mesmas e mentem todo dia de manhã seus verdadeiros ideais, objetivos e gostos sobre a vida que vivem? O homem é injusto consigo. Bom, de qualquer forma, não serei eu quem mudará isso. O homem pode viver a vida que quiser. Se as regras são criadas por ele e eu quero viver bem, não existem muitas opções, de certa forma, jogarei o jogo. Não significa que vou corromper meu coração e estarei em pleno estado de aceitação, seria hipocrisia dizer isso.
As vezes eu realmente penso demais.
Só que por fim sou preenchido pela sensação de querer olhar nos olhos de um examinador, dizer minhas verdades e ser aceito dessa forma pela minha capacidade de realizar o serviço que ele está me pagando para desenvolver, não pela minha personalidade como ser humano ou meu senso de conduta. Todavia não sou tão ruim, relaxe, o mundo aguenta(já houveram piores). Utopia total.
Acho que o ser humano se formou sobre a base de que ele não precisa ser, contanto que ele pareça ser. Não sou um juiz divino para definir se 'sim está correto' ou se 'não, está errado', apenas é assim e eu gosto e desgosto(gosto por me sentir diferente, desgosto porque acho estupidez).
Tive a vontade de viajar um pouco sobre o assunto, mas deixarei isso para um post futuro. Hoje, esta é minha postagem ligeiramente apressada de segunda-feira.
Termino meu post com um singelo texto de minha autoria tratando da natureza bruta do ser vivo:
Instinto padrão
"Até mesmo a fera que deixa escorrer o sangue em meio a seus molares enquanto mastiga as entranhas da presa inofensiva, mantém no fundo de seu ser o desejo de atingir a suprema satisfação.
A felicidade e o desejo de satisfação existem inerentes no ser vivo, ambos independentes da índole pessoal e dos feitos realizados durante a existência.Todo o humano, tem escondido e bem armazenado dentro de seu ser, marcas do sofrimento e da experiência adquirida com este. E o objetivo de adquirir a satisfação pessoal, independente da área da qual ela aponta, faz parte da grande jornada existencial de todos nós, seres que partilhamos do mesmo solo em que pisamos."
Uma boa noite à todos! Paz.
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