terça-feira, 5 de julho de 2011

"Ah se eu pudesse..." Será mesmo que você voltaria? Eu aposto no não.






Bom dia a todos!
Peço desculpas pela demora em postar... o dia a dia às vezes nos faz tropeçar uns nos outros e nos afazeres... e inspiração para escrever (ou seria vontade? O ócio te pega!) nem sempre está disponível quando você quer.
Alguns recentes acontecimentos me fizeram tropeçar também em pensamentos e idéias viciantes. Mas foi somente ontem que as idéias se encaixaram de forma que eu pude perceber algo em relação a mim mesma e ao mundo... ou nem tanto.
Conhece aquela história de "Ah, se eu pudesse voltar no tempo...", ou "Ah, se eu pudesse voltar atrás..."? Pois é... É sempre a mesma coisa: em uma situação difícil, onde se fala de situações onde machucam seu coração ou enfraquecem seu espírito você se volta para si mesmo e pensa... "Nossa, se eu pudesse voltar atrás eu jamais faria isso." Auto preservação? Não!!! Desejo de esquecimento e necessidade de superação.



" - Mas e se você pudesse voltar no tempo?
  - Eu  não voltaria!
  - Como não?
  - Eu faria tudo de novo, exatamente igual... ficaria o dobro de cansada do que estou agora!"

Sempre pensei dessa forma. Se eu voltasse no tempo, não seria por minha escolha e eu faria tudo exatamente igual. Ficaria o dobro de cansada. Seria reviver a mesma coisa... repetição, repetição, repetição... Nada de inovação, nada de consumação.

Ontem no entanto... percebi uma diferença em meu ser e minha forma de ver e sentir as coisas. Não existem mais pessoas que me prendem naquele passado, não existe mais nada sólido, apenas o prazer e diversão da memória que muitas vezes é infiel perante as provas atuais de deslealdade e traição. No entanto, não existe um resquício de mágoa, dor, pena, alívio ou desejo. Nem mesmo saudade. Isso é realmente algo novo. Existe apenas uma calma sinfônica que provém de uma responsabilidade que é muito importante para mim: "Tu és eternamente responsável por aquilo que tu cativas." Eu tenho essa consciência. 



Eu posso olhar para vocês, mas eu não vejo vocês. 
É por isso que se eu pudesse eu não voltaria atrás.
Estamos, finalmente, livres.
E eu não me importo.


sexta-feira, 24 de junho de 2011

ATWA

   Depois de algum tempo ocupado e sem grandes postagens no blog, resolvi retornar para realizar uma postagem decente.

   Talvez sobre um assunto deveras polêmico para a população de países como Estados Unidos e adjacentes.

   Meu post será a respeito de "ATWA", sigla presente inclusive no nome de uma música de uma banda da qual gosto muito, System of a Down e também com links para o acesso direto de um site com informações mais profundas e precisas sobre "mentor" Charles Manson dado como um 'serial killer' pelos responsáveis por sua prisão.



   Primeiro, para compreendermos "ATWA", é necessário que saibamos o significado literal da sigla: Air, Trees, Water, Animals. Portanto, seriam  todos os fatores que dão  forma à vida existente em nosso planeta.
O logotipo da ATWA Brasil

[IMPORTANTE, LEIA]


   Uma suástica?! Por quê?!
   "A suástica de ATWA é a suástica de Charles Manson – simples assim. Como foi demonstrado anteriormente, diferentes povos, em diferentes lugares, de diferentes épocas, adotaram a suástica como símbolo. Charles Manson adotou a suástica como símbolo durante seu julgamento (1969-1971) e subseqüente condenação à morte.
Nada melhor do que o próprio homem para definir o seu próprio símbolo. Charles Manson diz: “Essa suástica para mim são quatro ‘L’ – uma roda, um círculo do sol. Um símbolo da completa eternidade, para sempre: o pai, o chefe, conhecer a paz, amizade, verdade, sabedoria”. Obviamente, a suástica de Manson tem um aspecto místico.
Charles Manson diz: “Quando eu fui para o julgamento, e um monte de assassinatos estavam acontecendo, eu marquei todas as minhas cabeças. As cabeças que estavam no mesmo suor, no mesmo esforço – ar, árvores, água e animais, como a minha vida”. Ou seja, Charles Manson adotou a suástica, rasgada em sua testa para a eternidade, inicialmente para marcar a distinção entre aqueles que estavam sendo acusados de assassinato, e aqueles que estavam assassinando. Duas mentes diferentes, duas intenções. As cabeças do mesmo suor: ATWA – ar, árvores, água e animais." - trecho retirado do texto A suástica de ATWA.

 

   Charles Manson se diz "não responsável" pela criação da ideia vinculada à ATWA, salienta o ponto de que ela sempre esteve presente, cita que sua criação foi realizada há bilhões de anos, que é necessário apenas "se conscientizar" sobre essa realidade existencial. Mas, afinal, que realidade?!


   A ideia por trás dessa sigla não tão conhecida é a de uma preservação ambiental dada  todo custo. Não importando o quê, a preservação da vida selvagem e de todos os recursos naturais do mundo, e só. Essa conscientização se refere ao vínculo mental a ser criado sobre os recursos escassos de nosso planeta e a sua existência antes mesmo da existência do homem sobre a terra.

   Um contexto simples, realmente muito simples. Porém, que faz sim, determinado sentido.


   Aos interessados em compreenderem mais a fundo essa teoria e a história da Manson, dito pela promotoria como "O homem mais maligno e satânico que já caminhou pela face da terra" visitem o link da "ATWA Brasil", onde poderão se informar mais a fundo sobre como seria o funcionamento dessa teoria muito interessante e para ter notícias sobre o andamento da prisão de Charles: ATWA Brasil - A conexão com Charles Manson.

   Somente para complementar...acho cômico. Em um mundo dito como pertencente à uma sociedade evoluída, eu dar razão(mesmo que parcial) em determinados pontos à uma teoria citada por um homem odiado por uma parcela significativa do mundo(e diga-se de passagem, declarado como serial killer), algo está redondamente estranho nesse mundo. Até onde o homem pretende destruir? Até onde o homem pretende queimar os recursos e a vida selvagem? Tem dias que perco a esperança. Mas o mundo há de suportar. E há de ter uma forma de modificar essa situação. Conscientize-se.

Por fim, gostaria de postar um pequeno e antigo texto que escrevi.

As lágrimas são o de menos


 " Meus dedos correm pelas cordas do violão...meus lábios pelas casas de voz da gaita...uma melancólica melodia.
   Minha mão em um baile com o lápis no papel esboça o infinito.
   Meu espírito chora o luto pelo mundo. E meu corpo por fora sorri, ignorando a tristeza desinteressante que o mundo oferece, enquanto admiro a chuva que cai. Meus olhos se fecham. O mundo é perfeito."


Paz à todos e um bom dia.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Chegou a ser curioso


 

   Algumas vezes noto que raciocinamos excessivamente quando temos uma curta resposta com um efeito profundo e de grande poder. Grandes filosofias acabam por resumir-se em pequenas e significativas ações.
 


   Acho que essa reflexão foi curta, exata, simples e primordial para uma(minha) vida:

 "Hoje lembrei quando eu não pedia motivo para sorrir. Escorreu aquela lágrima e...cara...eu sorri. "

Uma boa noite para todos.
 Paz.
 E tentem isso também. Sorriam.







Tim Minchin é uma inspiração


"If you are a religious person, you might wanna pop out for about five minutes."

   Há algum tempo conheci o trabalho de um australiano chamado "Tim Minchin", ator, compositor...enfim, o cara tem um curriculum artístico promissor, não vou citar os feitos dele. O ponto real disto foi o que me chamou atenção nele: a insanidade, o sarcasmo das músicas, as alfinetadas fortes cobertas com um sorriso, um cabelo desarrumado, maquiagem escura e carregada e uma apresentação em um piano de cauda sem utilizar-se de sapatos.

   Tirando os fatores naturais que chamariam a atenção, como a habilidade para tocar instrumentos musicais, a voz e a criatividade das letras, o que de fato me chamou em absoluto a atenção é que apesar da intenção humorística das canções, também existe uma carga gigantesca dos pensamentos de vida que este possuí. Ele é crítico de uma forma que me agradou exageradamente(possivelmente eu não conseguirei descrever o quanto).



   Um dos casos mais polêmicos de sua atuação em palco é uma música chamada "The good book" (claramente uma referência a Bíblia), onde ele de forma irônica critica aspectos da alienação religiosa evidente que determinadas pessoas possuem, além de ridicularizar determinados dogmas e criticar o costume de explicar seus atos através de justificativas religiosas. Um pequeno trecho:



"Swing your partner by the hand
Have a baby if you can
But if the voices your head
Say to sacrifice your kid
To satisfy your loving God's
Fetish for dead baby blood
It's simple fate, the Book demands
So raise that knife up in your hand!" 



   Tim faz inclusive uma observação durante uma de suas apresentações: "porque a instituição mais poderosa do mundo deve estar completamente livre de sátiras?".
 
   O ser humano foi condicionado a temer, a respeitar em excesso, não perguntar, não ter respostas, se conformar, engolir dogmas periodicamente. Não estou inclusive, dizendo o que é certo ou errado, vocês devem saber o que se aplica a vocês, eu sei o que se aplica a mim.
 
   Embora haja essa abertura para a formação de opiniões, as vezes a 'correnteza' do conformismo tenta te arrastar. Aí é uma ou outra: se entregue ou seja detestado pela opinião pública. Se dizer ateu...não, ateu não...porque hoje em dia existem até fatores para definir um ateu, se você não está nas regras não pode participar do grupinho(risos). Apenas coloquemos que se você não quiser acreditar em nada em especial em termos religiosos, ou apenas queira ser seleto sobre o que quer acreditar, o costume é considerá-lo o "coitado". Pior. E quando vem com aquele papinho de "salvemos ele da eternidade queimando no fogo do inferno?" eu não sei se xingo ou se fico RINDO eternamente.


                                         Seria o inferno Open bar? Tá, parei.

   Brincadeiras a parte, acredito que respeito é fundamental até um ponto. Para cada um ser brincando com religião e sendo alvo de criticas constantes, tem duzentos mil religiosos fervorosos tentando converter pessoas sem o mínimo interesse de saber algo sobre religião, ou que possuem uma vida quinhentas vezes melhor do que todas as vidas dos que estão tentando convertê-lo.

   Se eu for falar sobre a história negra da igreja serei nojento e superficial. Eu me irrito com religião, não sou um ótimo crítico, tenho minha opinião nada profunda,ignorante e a preservo, porque nada justifica atrocidades 'ocasionais' como essa. Não acho que dizer que salvarão almas do  inferno após queimar seres humanos em séculos passados e discriminar práticas específicas com total ignorância seja uma forma interessante de me agradar. Prefiro fechar minha boca para não soltar palavrões ocasionais aqui. Manterei o nível com total dificuldade.

   Mesmo pedindo um pouco de paz...as vezes dá vontade de realizar um genocídio e me declarar 'instrumento da cólera divina'(provavelmente isso reduziria 30 anos de pena para 1 ou 2...). Ai ai.



   Um bom dia para todos. Paz.
   

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Fear


   O verdadeiro problema sobre os medos do homem não é a sua origem ou a real existência física do objeto que representa o terror e sim a maneira como lidamos com aquilo que nos é projetado como verdade absoluta: as sensações e sentimentos que aquilo gera. Domar seu interior é uma tarefa difícil. Você tem opções: se corromper ao lado da loucura e  insensatez, se afugentar e tentar ignorá-los ou enfrentá-los e domar suas emoções juntamente com seu interior primitivo. A terceira é a melhor de todas, todavia a mais trabalhosa. A vida parece um jogo, não? É uma pena que para que existam os vencedores sejam necessários perdedores. Ao menos foi criada assim a concepção natural das coisas.


   Não exigirei uma postura social sobre o medo. Quem define o que quer da própria vida somos nós. Nós como "eu sozinho", "você sozinho". Refletir sobre a verdade por trás de determinados fatores que contribuem para os problemas dos quais você possui na sua vida é uma escolha absolutamente pessoal(e não, eu não sou ninguém para influenciar na decisão de um outro alguém).




   No fundo acho que tudo bem ter problemas. Tudo bem ter preguiça para resolver os problemas. Apenas, guarde-os, o meio público não precisa da sua demonstração de "necessito atenção sobre meus problemas", o ouvido do mundo não é um penico tamanho "G". A maior enfermidade do homem é essa maldita mania de reclamar sem procurar uma real solução.


   A dor existe. Não há para onde correr. Não há como se esconder. Não há uma anestesia eterna de vida. Mas tudo bem, suas cicatrizes contarão ao mundo o quão feliz é graças ao aprendizado que as feridas abertas recém cicatrizadas  te deram com o passar do tempo. O mundo é lindo, sim.


Um abraço e um ótimo dia a todos.


Paz.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sensação de fim de noite

   Acho triste ter que realizar a exposição dessa idéia neste post. Me sinto estuprando a liberdade pessoal alheia. Mesmo sabendo que a escolha entre escrever ou não é inteiramente minha e que a liberdade sendo molestada é a minha. E eu menti, não é uma escolha.

   Periodicamente sinto uma sensação de desligamento mental em relação ao mundo, não me incomoda, apenas me faz sentir um bife cru que respira. Um vazio tremendo. As idéias me escapam e realizar tarefas de forma robótica se torna algo completamente simples. Minha consciência parece voar longe, em um vazio de existência. É um momento proveitoso de certa forma. Porém, complexo, de difícil explicação.

   As vezes me pego pensando o quão especial minha existência é de fato para o meio do qual vivo. Não no sentido de importância para os seres alheios, mas sobre a minha originalidade pessoal. Depois de sete bilhões de pessoas vivas, óbvio que não serei o único a ter determinados sintomas sobre a vida. Isso é cômico.

   Andei tendo uma grande quantidade de coisas a fazer. Folhas de papel impressas em tinta foram o "top one" dos objetos que passaram pelas minhas mãos nestes últimas dias. Documentos, documentos, burocracia, burocracia, nada contra. Está resolvido.

   Acho que por fim, escrevi isso porque ultimamente, com exceção do trabalho com a documentação, não andei arquitetando grandes planos mentais de dominação global ou idéias extremamente profundas de reflexão, com(novamente) a exceção dessa sensação engraçada que tenho.

   Acho que posso terminar meu post com um texto, então...afinal, fazia algum tempo desde a última vez que escrevi algo. Vamos lá...tem a ver com a minha jornada de fazer a vida parecer interessante:

O Cinza


"Procuro colorir a vida, acima desses contornos semi-transparentes de giz de cera que se borram com as gotas de chuva e lágrimas, percebendo quão cinzento o mundo se tornou desde a intervenção do ser humano em seu curso de evolução. "

Bom, uma boa noite e uma ótima semana. E antes que alguém venha querer pagar a conta do psicólogo, eu não desejo, sou grato. Um abraço.
Paz.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

União

 
   Hoje pela manhã despertei escutando uma música de um grupo argentino chamado "Soda Stereo", é a versão em espanhol da música "À sua maneira" do "Capital Inicial", eu gostei, então Chile deu uma pancada na minha nuca, me bateu saudades, foi a primeira música em espanhol que aprendi a tocar em solo chileno. Saudade até do frio. Aí repentinamente eu abro bem os olhos, minhas pupilas se dilatam e eu lembro das coisas que tenho que fazer hoje, quebrando um pouco meu êxtase de nostalgia. Chile já faz parte da minha história.

   Acho engraçado essa divisão que eu tenho. Gosto do Brasil por uns motivos, do Chile por outros. Os aspectos culturais são completamente diferentes(sim, sou versátil), as pessoas, o clima, tudo. Ilusão das pessoas as vezes, pensar que a diferença é falar espanhol e ponto. As pessoas tem a essência construída de uma forma completamente distinta, seus valores, seus medos, uma sociedade recém livre das ondas não naturais da ditadura. Curioso.

   Mais cômica são as opiniões que as pessoas tem sobre a minha ida. As pessoas fazem marketing do Brasil. Eu comento e as pessoas tentam me convencer que Brasil é melhor e começam a propaganda gratuita. Não entendem que foi puramente uma experiência nova extremamente aproveitável e que isso não me faz menos brasileiro. Estas pessoas tentam cavar aspectos negativos. Ainda não compreendo o porque exato disso, apenas cogito. A sensação é que eu estou me vendendo e as pessoas estão tentando dar o 'lance moral' de valor superior, para que eu solte o "tem razão" e eu nunca solto (risos). Se eu disser que meu coração vive apenas no Brasil, estaria mentindo de forma descarada, isso é uma grande mentira, afinal, sendo absolutamente franco, parte do meu coração vive no Chile.
 
   Quando eu obtiver maiores reflexões sobre isso, com alguma alegria escreverei aqui.
 
   Sejam meus conterrâneos, sejam maus parentes agregados do Chile, sejam meus amigos e familiares locais, saibam que tenho um imenso carinho por vocês. Porque não quebram a barreira? Uma vez? A barreira que divide a capacidade de conhecer novas pessoas das quais você agregará em sua existência e que dividirão sorrisos? O sangue e o solo em que pisamos tem de nos dar honra e coragem para realizar esse tipo de ação, não nos prender a laços dos quais serão quebrados pela criação de novos laços. Esse medo não é válido, ele não tem fundamento, ao menos, não para a minha pessoa.
 
   Por fim:


   "Un abrazo caliente de Brasil para todos mis amigos de Chile, los echo de menos."

   Paz.










Leonardo Mendes de Souza Gabriel