terça-feira, 14 de junho de 2011

Tim Minchin é uma inspiração


"If you are a religious person, you might wanna pop out for about five minutes."

   Há algum tempo conheci o trabalho de um australiano chamado "Tim Minchin", ator, compositor...enfim, o cara tem um curriculum artístico promissor, não vou citar os feitos dele. O ponto real disto foi o que me chamou atenção nele: a insanidade, o sarcasmo das músicas, as alfinetadas fortes cobertas com um sorriso, um cabelo desarrumado, maquiagem escura e carregada e uma apresentação em um piano de cauda sem utilizar-se de sapatos.

   Tirando os fatores naturais que chamariam a atenção, como a habilidade para tocar instrumentos musicais, a voz e a criatividade das letras, o que de fato me chamou em absoluto a atenção é que apesar da intenção humorística das canções, também existe uma carga gigantesca dos pensamentos de vida que este possuí. Ele é crítico de uma forma que me agradou exageradamente(possivelmente eu não conseguirei descrever o quanto).



   Um dos casos mais polêmicos de sua atuação em palco é uma música chamada "The good book" (claramente uma referência a Bíblia), onde ele de forma irônica critica aspectos da alienação religiosa evidente que determinadas pessoas possuem, além de ridicularizar determinados dogmas e criticar o costume de explicar seus atos através de justificativas religiosas. Um pequeno trecho:



"Swing your partner by the hand
Have a baby if you can
But if the voices your head
Say to sacrifice your kid
To satisfy your loving God's
Fetish for dead baby blood
It's simple fate, the Book demands
So raise that knife up in your hand!" 



   Tim faz inclusive uma observação durante uma de suas apresentações: "porque a instituição mais poderosa do mundo deve estar completamente livre de sátiras?".
 
   O ser humano foi condicionado a temer, a respeitar em excesso, não perguntar, não ter respostas, se conformar, engolir dogmas periodicamente. Não estou inclusive, dizendo o que é certo ou errado, vocês devem saber o que se aplica a vocês, eu sei o que se aplica a mim.
 
   Embora haja essa abertura para a formação de opiniões, as vezes a 'correnteza' do conformismo tenta te arrastar. Aí é uma ou outra: se entregue ou seja detestado pela opinião pública. Se dizer ateu...não, ateu não...porque hoje em dia existem até fatores para definir um ateu, se você não está nas regras não pode participar do grupinho(risos). Apenas coloquemos que se você não quiser acreditar em nada em especial em termos religiosos, ou apenas queira ser seleto sobre o que quer acreditar, o costume é considerá-lo o "coitado". Pior. E quando vem com aquele papinho de "salvemos ele da eternidade queimando no fogo do inferno?" eu não sei se xingo ou se fico RINDO eternamente.


                                         Seria o inferno Open bar? Tá, parei.

   Brincadeiras a parte, acredito que respeito é fundamental até um ponto. Para cada um ser brincando com religião e sendo alvo de criticas constantes, tem duzentos mil religiosos fervorosos tentando converter pessoas sem o mínimo interesse de saber algo sobre religião, ou que possuem uma vida quinhentas vezes melhor do que todas as vidas dos que estão tentando convertê-lo.

   Se eu for falar sobre a história negra da igreja serei nojento e superficial. Eu me irrito com religião, não sou um ótimo crítico, tenho minha opinião nada profunda,ignorante e a preservo, porque nada justifica atrocidades 'ocasionais' como essa. Não acho que dizer que salvarão almas do  inferno após queimar seres humanos em séculos passados e discriminar práticas específicas com total ignorância seja uma forma interessante de me agradar. Prefiro fechar minha boca para não soltar palavrões ocasionais aqui. Manterei o nível com total dificuldade.

   Mesmo pedindo um pouco de paz...as vezes dá vontade de realizar um genocídio e me declarar 'instrumento da cólera divina'(provavelmente isso reduziria 30 anos de pena para 1 ou 2...). Ai ai.



   Um bom dia para todos. Paz.
   

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