Abra seus olhos e olhe ao seu redor. Já percebeu como o mundo parece de ponta cabeça?
Estamos formando pequenas máquinas que não são parte da Geração Coca-Cola, são parte da Geração Pós-Século XX, o mais breve de todos os séculos, o século onde o ser humano provou com toda a sua ignorância e sua força brutal... e alcançou o extermínio total.
Há alguns anos atrás, não muito, sinto lembrá-lo, os canhões de guerra invadiam as cidades sitiadas por soldados, os cavaleiros enfrentavam grandes batalhas, e os homens (seres humanos?) invadiam os espaços à força bruta, provando todo o seu poder de luta e estupidez. Total alienação a uma ideologia que os fazia viver da forma mais intensa possível: nos limites da vida, onde se encontra a morte.
Sim, eles podiam ser humanos, mas não sabiam SER humanos. Ter humanidade.
Naturalmente que ao afirmar categoricamente algo dessa magnitude tem-se a impressão de que todos são iguais. Sinceramente, me poupe. Não são. Em meio a toda Escuridão existe a necessidade e a possibilidade da Luz, e alguns se provaram tal.
Hoje em dia não nos preocupamos mais com as tais batalhas, com os tais soldados. Não tememos uma invasão no meio da noite. Não entregamos nossa vida às mãos de um ditador, líder, salvador... (uma mera questão de crença.) Enfim, podemos dizer que vivemos em paz.
Vivemos?
Nossas crianças vão à escola onde não têm professores para dar aulas. Nossos amigos são assaltados e mortos em troca de bens materiais que podem ser substituídos. Nossos pais trabalham dia e noite para nos garantir um lar, uma moradia, educação, saúde e lazer.
Lar, moradia, educação, saúde e lazer. Cadê?
Posso ser apenas mais uma idealizadora, mas a verdade é que o princípio de tudo isso está na educação. É o caminho que eu vejo. E olhe bem a situação de nossas escolas, o perfil que está sendo formado. Apenas mão de obra... mais nada.
E isso me preocupa e me preocupa muito.
Nossos alunos não sabem ler, não sabem escrever, não conhecem o poder da crítica. Um tanto conveniente para quem se esquece que o poder é do cargo e não da persona.
Nossos professores estão desgastados, cansados e descrentes da melhoria e do seu poder de atuação.
A situação se complicou de tal forma nas últimas décadas que a profissão professor e a ocupação aluno deixou de assim ser e passou a ser "falta de opção e obrigação estatal garantido e exigido pelo poder público federal". Tais ocupações deixaram de atingir o profissional e passaram a atingir a esfera pessoal de caráter particular de cada um de nós, em nosso dia a dia, em nossas vidas. E a perda é visível, quase paupável.
Hoje, em uma conversa com um senhor não muito mais velho do que eu, cheguei a uma conclusão e alcançamos uma máxima:
Estamos formando máquinas! Pessoas que não tem a habilidade e nem mesmo o conhecimento de seu poder crítico e consequente melhoria e mudança! Estamos formando máquinas! Não formamos mais seres humanos em nossas escolas!
E... olhe bem como o mundo está!...
Estou preocupada!
Quero educação!
Quero conhecimento a todos!
Quero poder a todos!
E quero já!
Não que isso seja alguma novidade, apenas mais um museu cheio de novidades.... basta assistir The Wall - The Movie by Pink Floyd. É nítido. É desesperante! Precisamos mudar! #educaçãojá
..:: Lor Athaun Faun ::..
Paz