terça-feira, 7 de junho de 2011

Sensação de fim de noite

   Acho triste ter que realizar a exposição dessa idéia neste post. Me sinto estuprando a liberdade pessoal alheia. Mesmo sabendo que a escolha entre escrever ou não é inteiramente minha e que a liberdade sendo molestada é a minha. E eu menti, não é uma escolha.

   Periodicamente sinto uma sensação de desligamento mental em relação ao mundo, não me incomoda, apenas me faz sentir um bife cru que respira. Um vazio tremendo. As idéias me escapam e realizar tarefas de forma robótica se torna algo completamente simples. Minha consciência parece voar longe, em um vazio de existência. É um momento proveitoso de certa forma. Porém, complexo, de difícil explicação.

   As vezes me pego pensando o quão especial minha existência é de fato para o meio do qual vivo. Não no sentido de importância para os seres alheios, mas sobre a minha originalidade pessoal. Depois de sete bilhões de pessoas vivas, óbvio que não serei o único a ter determinados sintomas sobre a vida. Isso é cômico.

   Andei tendo uma grande quantidade de coisas a fazer. Folhas de papel impressas em tinta foram o "top one" dos objetos que passaram pelas minhas mãos nestes últimas dias. Documentos, documentos, burocracia, burocracia, nada contra. Está resolvido.

   Acho que por fim, escrevi isso porque ultimamente, com exceção do trabalho com a documentação, não andei arquitetando grandes planos mentais de dominação global ou idéias extremamente profundas de reflexão, com(novamente) a exceção dessa sensação engraçada que tenho.

   Acho que posso terminar meu post com um texto, então...afinal, fazia algum tempo desde a última vez que escrevi algo. Vamos lá...tem a ver com a minha jornada de fazer a vida parecer interessante:

O Cinza


"Procuro colorir a vida, acima desses contornos semi-transparentes de giz de cera que se borram com as gotas de chuva e lágrimas, percebendo quão cinzento o mundo se tornou desde a intervenção do ser humano em seu curso de evolução. "

Bom, uma boa noite e uma ótima semana. E antes que alguém venha querer pagar a conta do psicólogo, eu não desejo, sou grato. Um abraço.
Paz.

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